Avanço da economia chinesa


A empresa chinesa Alibaba, especialista em comércio virtual, tem uma história muito interessante para ser contada.  Foi criada há 15 anos pelo professor de inglês Jack Ma num apartamento de um quarto e hoje é responsável por quatro quintos do comércio online na China. Nada mal, pois o país é a segunda maior economia do mundo.

E não é só isso. A entrada da Alibaba na bolsa de valores de Nova York, em setembro, foi um evento tão grandioso que transformou o ex-professor no homem mais rico da China, segundo a revista americana “Forbes”, especialista em negócios e economia. Foi a maior entrada de uma empresa na bolsa de valores.

Além do comércio virtual, a empresa que chama a atenção do mundo também atua em outros setores, como o pagamento online.  No Brasil, a loja virtual mais conhecida do grupo é a Ali Express, famosa pelos preços baixos. Há também sites voltados para vendas no atacado, comércio entre pequenas empresas e entre consumidores, armazenamento de dados, pagamentos e marketing.

No comércio online é possível comprar desde uma peruca até produtos eletrônicos. Há de tudo, a variedade é inacreditável. O Alibaba aposta nos preços baixos associados à cobrança por publicidade em seus sites. É assim que o grupo ganha dinheiro. São milhões de consumidores em mais de 200 países, o que dá muita visibilidade a quem anunciar numa das plataformas virtuais. 

Entre os países consumidores, o Brasil é um dos destaques, com mais de dois milhões de compradores e uma fama crescente do grupo de negócios virtuais. Muitos divulgam a nova forma de fazer compras por meio do tradicional boca a boca, ou seja, um fala para o outro sobre as vantagens de adquirir produtos online.

Jack Ma, que aprendeu inglês ao trabalhar como guia turístico na China, hoje tem fortuna estimada em US$ 11 bilhões e está na lista dos homens mais ricos do mundo, emprega mais de 20 mil pessoas, investe em negócios variados e, aos poucos, vira uma celebridade mundial.

O princípio do grupo é facilitar os negócios de uma forma global. Tem dado certo. O estrondoso sucesso está ligado à revolução que a tecnologia promove na China, pois o comércio virtual consegue atingir inclusive a imensa população que ainda vive nas áreas rurais.

Há divergências sobre o impacto da força do Alibaba na economia mundial. Uma das possibilidades é que, fortalecido pela entrada na bolsa de valores, o grupo consiga mais dinheiro e comece uma agressiva guerra de preços. Outros analistas acreditam que tal guerra já começou principalmente no mercado de produtos eletrônicos. 

O maior impacto, no entanto, pode ser mais profundo e está relacionado ao uso da tecnologia para alavancar pequenas empresas e primeiramente agradar o consumidor com preços baixos, facilidades na hora da compra e agilidade na entrega. Ou seja, os sites do grupo experimentam com sucesso a função de ponte entre as pequenas e médias empresas e uma massa enorme de consumidores.  

Por causa de sua dimensão continental, o tipo de negócio tecnológico bem sucedido na China também pode ser um modelo de sucesso para o Brasil, principalmente para médias e pequenas empresas.

É um novo mundo econômico surgindo que como se pode ver já é uma realidade. Uma revolução que ninguém sabe ao certo aonde chegará, mas que claramente trará, como mencionado, mudanças para a tradicional relação entre vendedores e compradores. É uma onda irreversível. Quem perdê-la ficará, verdadeiramente, a ver navios.