ESG Index: saiba o que são e como funcionam os índices ESG


Há alguns anos  não havia certeza sobre a rentabilidade das empresas sustentáveis. Portanto, muitos pensavam que fazer  esforços para ser mais ambiental e socialmente responsável  era uma atividade sem muitas garantias de retorno.

 

Hoje, porém, a sustentabilidade tem ganhado mais espaço entre as grandes empresas. Percebeu-se que, além de possibilitar um futuro melhor e com oportunidades mais igualitárias, atitudes sustentáveis têm inúmeros benefícios a longo prazo.  Os índices ESG são prova disso.

 

No mercado há uma infinidade de índices, cada um com seus próprios critérios de seleção.   Porém, uma novidade nesse ambiente são os índices que enquadram empresas limitadas com responsabilidade social, ambiental e de governança corporativa, conhecidos como ESG Index. 

 

O que é ESG Index

Como o ESG se tornou uma das principais tendências  nos mercados em todo o mundo , é essencial entender como funciona um índice ESG. 

 

De maneira geral, ESG Index são indicadores que buscam mensurar a performance de empresas sustentáveis no mercado.

 

Em âmbito internacional, alguns dos principais ESG index são: 

MISC ESG Indexes (contêm diferentes índices, como o Leaders, Focus, Universal, Climate Change, Etc.)

 

S&P ESG Index (Índice que contêm apenas as empresas enquadradas no critério ESG que fazem parte da carteira teórica do índice S&P 500);

 

Down Jone ESG Index (índice composto apenas por companhias ESG listadas na NYSE ou Nasdaq).

 

Refinitiv ESG Index (índice formado por empresas europeias consideradas ESG).



Índices ESG no Brasil

 

A bolsa brasileira possui atualmente 70 índices, dos quais oito pertencem à temática ESG – sigla em inglês do conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.

 

O Índice S&P/B3 Brasil ESG, cuja metodologia resulta da provedora S&P Dow Jones Índices, é o índice que atualmente se concentra mais nos três pilares, sem considerar questões monetárias.

 

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o Índice Carbono Eficiente (ICO2), ambos da B3, são mais relacionados, pelo mercado ao pilar ambiental, embora o ISE também contemple os outros dois pilares do ESG:



Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3)

Esse índice avalia as empresas listadas na Bolsa de Valores sob a perspectiva de sustentabilidade empresarial, ou seja, se estimulam práticas sustentáveis na sociedade. Para fazer parte dessa carteira de empresas, é preciso apresentar dados de suas práticas, que serão avaliados pela B3 que, em seguida, dará uma nota para posicionar a organização em um ranking.



ICO2 (Índice Carbono Eficiente)

 

Criado em 2010, o ICO2 B3 busca fomentar debates sobre mudança do clima no Brasil. Assim, o alinhamento das empresas ao ICO2 manifesta o comprometimento delas com a transparência de suas emissões de gases. Do mesmo modo, demonstra o interesse delas em se preparar para uma economia de baixo carbono.

 

IGC-T (Índice de Governança Corporativa Trade)

 

Criado para complementar o Índice de Governança Corporativa, que funciona com menos critérios restritivos, o IGCT mostra a performance média de cotação das ações de empresas que fazem parte do Índice de Governança Corporativa (IGC). Por ser do tipo retorno total, por meio dele podemos saber não só o rendimento dos ativos da carteira, mas também informações como valorização e distribuição de seus dividendos.

 

Sistema B

Essa é uma certificação feita pelo Sistema B Brasil em parceria com a americana B-Lab. Para receber esse selo, as companhias devem passar por um processo de avaliação que leva em conta seus impactos sociais e ambientais.

 

Estratégia Investimento Verde

De iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional, esse é um conjunto de métricas socioambientais que são monitoradas em editais de infraestrutura. Assim, permite que tanto agentes públicos quanto agentes privados interessados alinhem novos projetos de infraestrutura para o desenvolvimento da empresa.