Economia globalizada, interculturalidade e o Brasil se destacando no cenário internacional. Com esses ingredientes uma profissão que já é evidente em multinacionais começa a ganhar as salas de grandes empresas brasileiras: o diplomata corporativo.
A carreira diplomática no Brasil que até alguns anos atrás se restringia a trilhar os caminhos rumo ao Itamarty tem hoje um campo de trabalho bem amplo com possiblidade de atuação em diversos ambientes corporativos, desde empresas privadas até ONGs, passando por agências governamentais e consultorias. E cada vez mais profissionais e estudantes, especialmente de Relações Internacionais percebem que esta abertura pode ser um caminho promissor para a carreira.
Com a dinâmica global, mercados domésticos se lançam no cenário internacional. Uma expansão significativa além das fronteiras geográficas pode ser percebida tanto por parte do Estado como também do setor privado.
Com a nova tendência, o sistema financeiro se reorganiza e se torna diversificado. Em um cenário econômico mais dinâmico, as empresas percebem uma situação favorável para a captação de recursos e a possibilidade de desenvolver novos projetos.
Mas ao expandir suas barreiras e atingir mares desconhecidos, os riscos aumentam. Novos investimentos, culturas diferentes, leis e regulações podem ser tanto a porta de entrada para altos patamares de mercado como também o declínio de uma grande empreitada.
Para isso, surge a importante figura do diplomata corporativo que, resumidamente, desenvolve três funções básicas: informar, representar e negociar. Ele é o responsável por entender cenários, criar acordos e minimizar conflitos com o objetivo de aplicar as estratégias da corporação da qual faz parte.
Em outras palavras, cabe ao diplomata corporativo desenvolver relações interpessoais, conquistar prestígio e motivar alianças. Afinal, seja no campo econômico, científico ou de outra natureza um fator é determinante em qualquer cenário: o fator humano. As ações são realizadas por pessoas e estabelecer um bom relacionamento é crucial para se obter conquistas no mundo dos negócios.
Dessa forma, o diplomata corporativo precisa desenvolver várias competências e adquirir conhecimentos multidisciplinares para gerenciar estratégias de internacionalização das empresas e desenhar a política externas das corporações.
Para isso, habilidades como liderança, negociação e comunicação são fundamentais ao profissional que atua nesta atividade, pois irá se deparar com diversos conflitos de interesses, culturas diferentes e situações que exige competência para gerenciamento de crises.
A tarefa não é fácil. Em tempos de intensas e constantes mudanças no ambiente econômico, político e social, se exige do diplomata corporativo inteligência emocional para lidar com os novos profissionais no mercado, especialmente a geração Y.
Essa nova demanda comportamental somado ao intenso uso de das tecnologias da comunicação e informação exigem que o diplomata corporativo desenvolva um novo estilo de liderança e uma nova visão em negócios, permitindo adequar estratégias globais em mercados locais.