Nunca antes se ouviu falar tanto em Sustentabilidade como nos tempos atuais. Apesar de extensamente exposto, o assunto é de interesse mundial e merece o devido destaque. As mudanças são constantes e apesar dos avanços práticos dos debates, projetos e pesquisas, muita coisa ainda precisa ser feita. Em outras palavras, a pauta de hoje tem foco em um futuro não muito distante.
Dentro do ambiente corporativo a Sustentabilidade ganha destaque, em especial pelas inovações em tecnologia e comunicação. Mais que criar projetos para uma exploração consciente dos recursos naturais e a busca de alternativas para equilibrar produção industrial e agrícola versus preservação, a Sustentabilidade transcorre em novos patamares e pode ser a garantia de sobrevivência de muitos negócios no mercado, para não dizer de todos.
Entra em cena o conceito de redes colaborativas. Empresas passam a adotar um novo comportamento que vai além das capacidades funcionais e estratégicas e se deparam com a forma de realizar projetos e atividades. Espaços são criados para garantir que a relação entre os membros de uma organização e seus conteúdos sejam compartilhados, contribuindo de forma coletiva para o crescimento da empresa.
Mediados pela tecnologia da informação, as empresas inseridas neste paradigma são mais flexíveis e dinâmicas. Adotam novas tecnologias com mais facilidade e seus ambientes já são culturalmente aptos a passarem por mudanças e construir redes colaborativas.
Com o conhecimento exposto e potencializado, a interação dentro de uma empresa passa a ser horizontal. Informações importantes chegam aos altos cargos de uma empresa de forma rápida e com mais veracidade e, ao mesmo tempo, é transmitida com mais exatidão às equipes de trabalho.
As vantagens competitivas são nítidas nesses casos. Potencialmente são as empresas que conseguem maior produtividade, têm mais capacidade para inovar, conseguem reduzir custos e diminuem os riscos nos negócios.
Um bom exemplo do uso de rede colaborativa pode ser observado quando um funcionário sai da empresa. Quando não há nenhuma ferramenta que organiza as informações, o conhecimento adquirido fica perdido. Os custos com a adaptação e treinamento de um novo funcionário ficam bem mais onerosos.
O mesmo ocorre com empresas de grande porte com escritórios em diversos locais. Com uma rede colaborativa online, torna-se mais fácil padronizar atividades, além de estreitar o contato entre funcionário, facilitar a troca de informações, estimular o debate sobre as propostas e aumentar a proposição de projetos inovadores.
E onde está a Sustentabilidade nessas redes colaborativas? Está no fato de que essas redes catalisam processos, economizam tempo, facilitam a comunicação (seja entre as equipes de uma empresa ou delas para com os seus clientes) e melhoram a qualidade de vida de funcionários.
A mesma relação pode ser vista entre empresas, principalmente as de pequeno porte. Quando isoladas, sua capacidade de desenvolvimento se atrofia, limitando sua escala de poder no mercado. Já dentro de uma rede de colaboração, na qual os envolvidos no projeto estabelecem seus interesses comuns, os benefícios ficam evidentes.
Mas tudo isso não é tarefa fácil. Os participantes devem estabelecer alguma forma de interação, seja em encontros presenciais ou à distância, por meio das tecnologias da informação e comunicação. E devem, acima de tudo, buscar conhecimento sobre as empresas associadas para a construção de alianças estratégicas competitivas.
Esse é o grande entrave para muitas empresas. Criar pontes exige diversas habilidades, como capacidade de negociação, boa comunicação, relacionamento com diversos setores da economia (público, privada ou terceiro setor). As empresas que não possuem pessoas com essas habilidades devem, portanto, buscar no mercado profissionais com essas características.
É um caminho sem volta. O futuro dos negócios está na construção de redes colaborativas.