Cultura da inovação - muito se fala, pouco se entende


O termo “inovação” está em alta. Atualmente, temos muitas
notícias, muitos artigos e muitas empresas cobrando um
comportamento inovador de seus colaboradores. Pensar em inovação
enquanto mero significado da palavra é algo fácil. O ato de inovar traz a
ideia de renovar, transformar, criar algo novo e isso pode ser feito de
diversas formas. Não há uma receita de inovação e a sua mágica
consiste justamente nessa abertura para a criação de algo jamais visto
ou feito.
No dia a dia das empresas pensar em inovar pode ser algo
completamente contraditório ao trabalho operacional e isso se deve ao
fato de que o universo empresarial exige, em certa medida, que se
defina uma rotina de trabalho baseada na repetição de alguns
processos. É difícil pensar em inovar se isso significa levar uma
empresa sólida a um mar de instabilidade e incertezas mais altas do
que aquelas que já são trazidas pela própria natureza do mercado.
Sendo assim, cabe a pergunta: como é inovar, na prática, dentro de
uma empresa?

O comportamento inovador
Um indivíduo pode ter uma atitude inovadora e, nem por isso,
trazer consigo um comportamento inovador. Pessoas que cultivam uma
mente inovadora - e isso, até certo ponto, também diz respeito à própria
natureza da pessoa - têm mais facilidade para ter atitudes inovadoras
no seu dia a dia. A inovação acontece desde uma mudança de rota para
economizar tempo até o deslocamento de uma empresa para outro
prédio, cidade ou país. Trata-se de olhar para o presente e encontrar

possibilidades de mudança para que melhorias aconteçam. Adotar um
comportamento inovador dentro de uma empresa, significa, na prática,
considerar todo o seu contexto, o seu histórico, os riscos que pode
correr, o que pode ganhar e, não menos importante, questionar os
motivos pelos quais a inovação é conveniente. Atualmente, o principal
motivo que move as empresas a cultivar a cultura da inovação é que os
resultados são ricos a ponto de ser inevitável não fazê-lo.

A cultura da inovação
A cultura da inovação é muito mais importante para uma empresa
do que pensar em contratar apenas profissionais com tendências
inovadoras. Como todas as mudanças que acontecem uma empresa, a
tomada de decisão deve partir dos líderes. Afinal, é ele quem decide
quais são os rumos que o negócio deve tomar no futuro. Se o líder opta
pela inovação, a cultura da empresa deve incorporá-la, e isso significa
adotar novos hábitos, princípios e até algumas mudanças na identidade
do negócio.
Na prática, cultivar a cultura da inovação consiste em abrir os
olhos e ouvidos para o que acontece na atualidade, principalmente em
termos de tecnologia, novas descobertas científicas e em termos de
criatividade, principalmente nos negócios.
Atualmente, as chamadas tecnologias disruptivas, viabilizadas
pela internet, vêm selando o fim definitivo de antigos modelos de
negócios e a atenção a esse fenômeno é fundamental para o cultivo da
cultura da inovação dentro de uma empresa. Conhecer novos
aplicativos, novos recursos e abrir possibilidade para novas formas de
desempenhar processos e até cargos fazem parte de uma cultura
inovadora. Portanto, para compreender melhor o fenômeno da inovação
no mercado e no mundo é preciso muito mais do que estudá-la: é
preciso absorvê-la.