A economia mundial passa por constantes transformações, fator que força empresários a buscar as melhores práticas do mercado, de modo que possam conduzir seus negócios com um desempenho superior.
Nessa procura, surgem algumas questões fundamentais que tiram noites de sono de muitos empresários: o que devo mudar? Por onde devo começar? Como devo fazer isso? Devo mudar mesmo?
Muitas dessas indagações podem ser resolvidas com a simples ação de observar outras empresas. Simples, não é? Aparentemente sim, mas vai bem mais fundo, observar aqui significa entender quais conhecimentos e práticas de outras empresas serão realmente aproveitados e não cair no erro básico de simplesmente sair copiando aquilo que deu certo para outrem.
A este processo é dado o nome de benchmarking ou benchmark que conceitualmente significa observar os melhores e comparar mecanismos, ferramentas e práticas utilizadas, principalmente no seu segmento, como também resultados. Assim, se tem uma ideia de que tipo de modelo de negócio ou prática funciona melhor em cada caso.
O pioneirismo da técnica é atribuído à Xerox que recorreu ao Benchmarking na década 1970 a fim de enfrentar a competitividade das empresas japonesas. Alguns anos mais tarde outras empresas, de diversos segmentos, também aderiram à prática hoje amplamente utilizada. Útil e necessária, porém insuficiente para arremessar a sua empresa na liderança do mercado. Caso contrário ela será fadada a ser uma eterna follower - seguidora.
Atualmente a técnica do Benchmarking não é exclusiva de empresas e ganhou novos horizontes com o Movimento Maker.
Para entender o Movimento Maker, voltemos os olhos lá na primeira Revolução Industrial, época que os meios de produção como as máquinas, por exemplo, eram privilégios de alguns.
Um bom tempo se passou até que se chegasse ao momento atual, conhecido com Era da Informação, ora ultrapassada ou Era Digital, marcada pela democratização de processos, das ferramentas de invenção e de produção orientados pelo conceito da inovação permanente.
Tal possibilidade somada com o fácil acesso ao conhecimento proporcionado pela Internet permitiu que pessoas comuns se tornassem makers – os “fazedores” e pudessem realizar, criar e transformar.
Em outras palavras os “makers” são uma extensão do “Do It Yourself (DIY) e define aquelas pessoas que são capazes de adquirir conhecimento por si próprias, construir, consertar e desenvolver os mais diversos tipos de produtos e desenvolver projetos inovadores. Além disso, esse movimento permite estimular a autonomia de pensamento e da ação criativa, gerando empreendedorismo hoje personificado pelas startups.
O Movimento Maker é abordado no livro do guru Chris Anderson, que escreveu Makers - The New Industrial Revolution. O autor apresenta uma nova maneira de se pensar e construir uma economia.
A Campus Party, que também é realizada em São Paulo, é um evento maker. É considerado um dos maiores acontecimentos de inovação, ciência, criatividade e entretenimento digital do mundo, reunido milhares de pessoas, de todas as partes. Outros exemplos de empresas engajadas neste conceito: a Adidas, SAP e Intel.
O Banco americano JP Morgan mostrou que 10,6 bilhões de dólares foram investidos em negócios dessa natureza no mundo, em 2013, e esse montante, segundo o banco, poderá atingir um trilhão de dólares até 2020.
A manufatura do futuro será executada por qualquer um, de sua casa, acelerando a inovação, elevando os níveis de criatividade e novos produtos, graças à evolução tecnológica crescente e ao desenvolvimento de máquinas, como a impressora 3D, por exemplo, já bastante utilizada.
Segundo Clayton Christensen, professor da Harvard Business School e especialista em estratégias de inovação, esse processo disruptivo dará origem a novos mercados e modelos de negócio, apresentando soluções mais eficientes, colaborando para alavancar a economia aumentar a renda e gerar empregos.
E você, está engajado ao conceito?
Ou é da turma que ainda acha que em time que está ganhando não se mexe?