Sustentabilidade: o futuro das micro e pequenas empresas


Para falar de sustentabilidade é preciso entender o que de fato essa palavra significa, pois o seu conceito é usado, na maioria das vezes, como modismo de forma superficial e até equivocada.

 

A sustentabilidade abrange muito mais do que a preocupação com o meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais – considerando a água, o ar, o solo, a fauna, a flora e todo o ecossistema –, ela engloba também questões econômicas e a preocupação com impactos sociais, visando o bem estar de todos.

 

No entanto, a consciência ambiental se destaca quando pensamos em sustentabilidade – que tem como objetivo maior o de “entregarmos aos nossos sucessores um mundo melhor do que aquele que encontramos” – e surge como urgência na medida em que o crescimento desordenado da população gera impactos ambientais irreparáveis ao meio ambiente. Assim, começamos a ir além, nos preocupando e propondo um desenvolvimento sustentável como forma de frear todos esses impactos negativos causados para a natureza, sem prejudicar a geração de riquezas imprescindíveis ao sustento e bem estar da sociedade.

 

Pensar em longo prazo é fundamental para propor alternativas sustentáveis à população. Cabe aos legisladores, governantes,  agentes públicos e a população em geral não pensar e agir levando em consideração apenas questões imediatistas e de curto prazo, mas ir adiante e atuar visando promover um desenvolvimento consciente suportado também por um consumo equilibrado.

 

Propostas e políticas públicas existem, mas não têm eficácia se o desproporcional consumo de energia, água e minerais juntamente com a poluição crescente do ar, água e solo, não forem reduzidos de forma gradual e constante.

 

Durante a Rio92 e vinte anos mais tarde no Rio+20, os governantes de 190 nações firmaram o compromisso político com o desenvolvimento sustentável. Mas além do governo e de grandes instituições, o empreendedor, principalmente o micro e pequeno empresário, deve também fazer parte desse desenvolvimento assumindo de vez, o seu papel de protagonista com uma postura ética e responsável no âmbito das suas atividades produtivas.

 

É importante o empresário saber que é possível poupar recursos naturais sem deixar de lado a competitividade e os lucros, incluindo a causa verde nas estratégias da empresa quando se pensa no futuro do empreendimento, pois os negócios sustentáveis apresentam grande ascensão no mundo todo. Pesquisas mostram que cerca de um terço dos consumidores já levam isso em conta ao decidir suas compras.

 

Levando em consideração o tripé da sustentabilidade – preocupação ambiental, social e econômica – pode-se facilmente diminuir custos, ampliar os lucros e se tornar mais competitivo no mercado fazendo escolhas conscientes.

 

As micro e pequenas empresas reúnem mais de 8,5 milhões de empresários no Brasil, o que faz com o seu potencial de mudança e conscientização seja enorme. Pensando nisso, o SEBRAE preparou em 2012, para o Rio+20, uma lista com 20 ideias de negócios sustentáveis.

 

As recomendações são simples, como captação de luz solar por meio de painéis fotovoltaicos, tanques para armazenar a água da chuva para o reaproveitamento e reutilização de água usada e tratada para funções secundárias como instalações sanitárias. Empresários podem facilmente, seguindo essas orientações, tornar suas empresas ecologicamente corretas e sustentáveis promovendo uma melhor qualidade de vida para a sociedade.

 

 Vale a pena investir no futuro, afinal de contas, é lá que todos nós queremos nos encontrar, não é mesmo?