Como a regulamentação do lobismo pode diminuir a corrupção


O lobismo ou lobby são palavras usadas para se referir a um grupo organizado de pessoas que se reúne para influenciar em decisões e defender interesses em comum. Geralmente acontece no setor público que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance, mas sem buscar o controle formal do governo.

 

Como instrumento democrático de representação de interesses, o lobismo pode ser exercido por todo cidadão, grupo de pessoas ou empresas que queiram defender seus interesses. Perante essa circunstância o lobismo fica suscetível a situações de caráter positivo ou negativo disso, vai depender da intenção do grupo formado.

 

No Brasil, a prática está muito associada à corrupção, em decorrência principalmente da exposição midiática do termo. Para quem acompanha os noticiários, já viu o termo ser amplamente utilizado em casos de corrupção e tráfico de influência, como a Operação Lava Jato, por exemplo.

 

Dessa forma, a regulamentação da atividade quer justamente expor de forma clara os interesses defendidos pelos lobistas e seus respectivos papeis desempenhados no cenário político e econômico do país. Quanto mais oculto for o exercício do lobismo, mais espaço terá a corrupção. Quanto mais claro e transparente, mais difícil será de corromper.

 

Além disso, ao regulamentar a atividade, o lobismo poderia ser exercido por qualquer pessoa com acesso aos representantes políticos, não somente por aqueles que já exercem influência, aumentando a concorrência. Esse seria um dos motivos pelo qual a regulamentação se arrasta por décadas no país.

 

Mesmo com dificuldades, a regulamentação deu alguns passos significativos em 2018. A continuidade desse processo é importante para regulamentar a representação de interesses, garantindo transparência às escolhas públicas e assegurando que agentes privados não prevaleçam sobre os interesses da sociedade, mas possam contribuir com informações para a tomada de decisão.