Flexível ou adaptável? O que funciona melhor em um mundo em alta velocidade de transformação


O mercado de trabalho atual é altamente dinâmico, principalmente se considerarmos que, o que segura as pessoas em empregos não é mais a estabilidade, mas sim os benefícios, salários e as oportunidades de aprendizado.

 

Esses fatores exigem que os profissionais desenvolvam características positivas para a carreira, como a adaptabilidade e flexibilidade.

 

Ambas habilidades fazem parte das chamadas soft skills, aquelas que estão ligadas ao comportamento. Muito valorizadas por empresas e líderes, são consideradas competências do futuro. 

 

Algo flexível muda de forma durante um espaço de tempo, de acordo com a necessidade. Quando pensamos em objetos flexíveis logo vem à cabeça o bambu, o elástico ou uma superfície maleável. Note que algo flexível cede porém volta para sua forma original.

 

Algo que se adapta, por outro lado, muda de forma definitivamente, se transforma. Bons exemplos são a adaptação da estrutura dos átomos de carbono ao ambiente que geram diferentes matérias-primas, absolutamente diferentes entre si, como grafite e diamante.

 

Logo, ser flexível é o oposto de ficar estagnado, rígido. Significa estar aberto às novidades e pequenas mudanças na rotina. Ser adaptável significa estar preparado para lidar com diferentes contextos e etapas ao longo da carreira.

 

Grandes negócios e profissionais nascem da capacidade de olhar o novo com curiosidade e não com receio. Basta pensar em grandes marcas que se destacaram por oferecerem um produto e/ou serviço inovador, diferente de tudo o que existia até então.

 

Quando pensamos sobre iniciativas de inovação, empreendedorismo ou transformação digital, o grande risco é acreditar que a flexibilidade das organizações e das pessoas será suficiente. Não é bem assim. 

 

Inovação, risco e desconforto, caminham juntos sempre. Flexibilizar pode funcionar para algo temporário, porém, mas se algo estrutural ou cultural precisa ser movido, operar em modo de adaptação será a postura necessária.

 

Adaptar-se é muito mais difícil do que ser flexível: custa mais energia, mais autoconhecimento, mais desapego.

 

Em nível profissional, esses dois conceitos não necessariamente ocorrem ao mesmo tempo. Uma pessoa flexível nem sempre é adaptável, já que suas ideias já estão construídas e somente a flexibilidade a ajudaria a lidar com pequenas mudanças. Mas, a adaptabilidade a faria ter a mente mais aberta no caso de uma mudança.

 

São conceitos que apresentam uma diferença tênue, mas que deveriam andar sempre juntas.