O cloud computing e a segurança na era digital


O advento da Internet alterou significativamente vários aspectos do nosso dia-a-dia. A forma como nos informamos, nos comunicamos, consumimos bens materiais e até mesmo como trabalhamos é muito diferente na era digital. Nesse universo, mais dinâmico e veloz, as informações circulam quase que em tempo real ao redor do mundo, aumentando consideravelmente a quantidade de dados armazenados em nossos computadores, servidores e dispositivos móveis.

Estes arquivos se tornam cada vez mais vulneráveis, uma vez que a perda ou pane dos equipamentos é bastante frequente. Em contrapartida, a demanda pela mobilidade – seja no lazer ou no trabalho – tem se intensificado muito nos dias atuais. E assim surge o cloud computing (computação em nuvem), tendência irreversível que permite acessar arquivos e tarefas, via internet, a qualquer hora e lugar.

Neste contexto, os serviços em nuvem vêm atraindo um número cada vez maior de entusiastas, principalmente empresas, seja ela de grande, médio ou pequeno porte. Segundo um estudo conduzido em 2012 pela Edge Strategies em conjunto com Microsoft, 33% das pequenas e médias empresas brasileiras já eram usuárias da computação em nuvem e 45% afirmaram que deveriam aderir à tendência até 2015.

Porém, o receio com a segurança das informações armazenadas na nuvem ainda é uma questão que gera dúvidas e desconfiança. Uma pesquisa realizada pela Boston Consulting Group – empresa de consultoria empresarial com mais de 80 escritórios ao redor do mundo – aponta que 60% dos líderes em tecnologia da informação consideram a segurança dos dados em nuvem, uma preocupação.

Ainda assim, o cloud computingé um recurso que apresenta mais benefícios do que outros serviços de armazenamento de dados e, apesar das incertezas econômicas globais, a maioria das PMEs nacionais que utilizam o recurso acreditam que o mesmo vai acelerar seu crescimento, segundo a pesquisa da Microsoft.

Os benefícios da computação em nuvem já tiveram implicações diretas em regiões atingidas por desastres provocados por atentados e mesmo naturais, como terremotos, incêndios e tsunamis, onde as empresas que contavam com a tecnologia puderam retomar as atividades em questão de horas. Além disso, por prevenir gastos com hardwares e softwares, a computação em nuvem tende a crescer ainda mais.

Um exemplo disso é a hybrid cloud(nuvem híbrida), que combina uma infraestrutura pública – baseada exclusivamente em padrões de internet – e uma privada, que não compartilha dados externamente e normalmente é desenvolvido sob demanda para o cliente. Estes dois ambientes funcionam de forma independentes, conectando-se entre si quando necessário, hospedando os dados que precisam de mais segurança no ambiente privado e o restante, na nuvem pública. Senso assim, a empresa não expõe todos os seus dados publicamente e ainda torna as transações internas muito mais ágeis. Nesse caso, o único contra é o custo maior  com a nuvem privada.

Outro cuidado que os entusiastas digitais devem ter é com o acesso à nuvem pelo login e senha, amplamente fraudados e vazados na internet. Sendo assim, o certificado digital é a melhor forma de acessar serviços em nuvem: utilizado frequentemente por bancos, o token com certificação digital não transmite a senha na Internet, permanecendo no dispositivo como chave privada, além da vantagem de possuir as características de validade jurídica, não repúdio de autoria e integridade do conteúdo, atributos não garantidos no método de login e senha.

A Microsoft, a  UOL Host, a  Dropbox Inc. e a Apple, com o famoso iCloud, são são gigante que oferecem   serviços de computação em nuvem  para auxiliar empresas e heavy users do universo digital, com diferentes demandas.

Basta escolher qual se encaixa melhor de acordo com as características de seu negócio. O importante é cercar-se das medidas de segurança adequadas e não ficar desprotegido à mercê da própria sorte!