Linhas de crédito: oportunidades e desafios das empresas com os impactos da pandemia


Cinco meses depois da chegada do novo coronavírus no Brasil, as perspectivas de melhora de mercado ainda são incertas. Além das questões relacionadas à saúde, economicamente falando as estimativas demonstram uma perda mundial de US$ trilhão.

No Brasil, os micro, pequenos e médios empreendedores foram os mais atingidos pela crise. Estima-se que 25% das pessoas cancelaram ou suspenderam serviços de bem-estar e beleza, neste cenário enquadram-se spas e salões de beleza, por exemplo.

Sabemos que a crise já está instalada, tanto na área da saúde quanto na parte econômica, então é indispensável que as empresas se adaptem e encontrem meios de reduzir os impactos nos negócios. Desde o início da crise a minha série “Mercados e perspectivas” traz discussões muito importantes sobre como os diversos nichos do mercado têm se comportado e se adaptado para atravessarem a pandemia.

Diante deste cenário a deterioração econômica e o endividamento das empresas se tornou inevitável. Para tentar diminuir de alguma forma esses impactosem decorrência das políticas econômicas do governo para fomentar a economia e dar mais sustentabilidade aos negócios os bancos começaram a abrir linhas especiais de crédito.

 

BNDES

Como iniciativa de apoio ao enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia do coronavírus, o BNDES expandiu a oferta de capital de giro desta linha de crédito com faturamento anual de até R$ 300 milhões, com limite de financiamento de até R$ 70 milhões por ano. 

 

BDMG

 

Para Micro e Pequenas Empresas:

BDMG Pronampe

 

Pequenas Empresas

Giro Mais Emergencial

 

Inovação

Inovacred

Pró-Inovação

Proptec

Inovacred Expresso

 

Sustentabilidade:

Crédito verde

 

Programas de auxílio aos pequenos e médios empresários da FIEMG

O BNDES, em conjunto com o Ministério da Economia, lançou o programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), com o objetivo de ajudar pequenas e médias empresas a atravessarem este período de crise.

A FIEMG, por meio da Gerência de Economia e Finanças Empresariais, está atendendo de forma personalizada as empresas que se interessarem em pleitear financiamento através do PEAC.

Coletânea de Linhas de Crédito SEBRAE

A equipe do Sebrae Nacional, com o apoio das equipes das unidades estaduais do Sistema Sebrae estão monitorando, desde o início da pandemia, notícias e ações de Instituições Financeiras para ajudar os empresários a terem acesso qualificado e prático a informações úteis para driblar os efeitos da paralização das atividades.

Você pode acessar a coletânea com as principais linhas de crédito disponíveis aqui: https://bit.ly/2EQSFRF

A Caixa Econômica Federal, no início da pandemia, adotou um pacote de medidas especiais para driblar os efeitos da crise, entre eles:

- Redução de juros de até 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,57% a.m.;
- Disponibilização de carência de até 60 dias nas operações parceladas de capital de giro e renegociação;
- Disponibilização de linhas de crédito especiais, com até seis meses de carência, para empresas que atuam nos setores de comércio e prestação de serviços, mais afetadas pelo momento atual;
- Linhas de aquisição de máquinas e equipamentos, com taxas reduzidas e até 60 meses para pagamento;

A Caixa Econômica também criou uma linha especial denominada Caixa Hospitais, com as seguintes características:   

- Liberação de R$ 3 bilhões em orçamento em linhas destinadas a Santas Casas e Hospitais Filantrópicos que prestam serviço ao SUS, para reestruturação de dívidas e novos recursos; 

- Taxa de juros de 0,80% a.m. para prazos de até 60 meses (redução de 14%);
- Taxa de juros de 0,87% a.m. para prazos de até 120 meses (redução de 23%); 

- Prazo de pagamento de até 120 meses e carência de até seis meses.

Em fevereiro, o Branco Central do Brasil anunciou a liberação de R$135 bilhões ao sistema financeiro por meio de mudanças nas regras dos depósitos compulsórios das instituições financeiras. Entre as medidas adotadas naquele mês, houve um aumento no provisionamento em casos de repactuação de contratos por 6 meses, facilitando a renegociação de créditos e mantendo as operações de crédito em curso, permitindo o fluxo de caixa.

Vale ressaltar que todas as medidas tomadas desde março deste ano tiveram foco em manter o sistema bancário do Brasil líquido e estável, garantir um sistema capitalizado e oferecer condições especiais para que os bancos pudessem rolar as dívidas dos setores mais afetados pela crise.

Em um comparativo, observamos que durante a crise de 2008 a liberação de liquidez totalizou R$89 milhões, enquanto agora o montante estimado para a fluidez financeira chega em aproximadamente R$ 135 milhões.

 

Webinar:

Para discutir amplamente os impactos dessas medidas, na próxima quinta-feira, 03/08/2020 às 14h farei o webinar “Mercados e perspectivas: Linhas de crédito: oportunidades e desafios das empresas com os impactos da pandemia”.

Comigo participam:

- Alessandro Chaves – Gerente de Desenvolvimento Econômico do Sebrae Minas.

- Marcela Brant - Diretora Comercial, de Produtos e Pessoas do BDMG.

- Pedro César Spina - Presidente da FIEMG Regional Vale do Paranaíba

Inscreva-se: https://conteudo.dalpiazdalpiaz.com.br/webinar-linhas-de-credito