É comum escutarmos por aí que “as coisas hoje estão rápidas demais”. Ou seja, sexta-feira é sempre amanhã. Como chega rápido! As startups ou os novos negócios que o digam. Com uma nova roupagem e nome composto, as chamadas Lean Startups, ou "negócios enxutos", visam evitar desperdícios, seja de recursos, investimentos ou do próprio tempo. Afinal, não se sabe realmente se uma ideia dita inovadora será bem aceita no mercado.
Dentro de uma Lean Startup, acredita-se que uma ideia deve ser desenvolvida com a maior rapidez possível e lançada no mercado para avaliação. A partir dessa visão, o conceito de negócios enxutos ganharam força e incluem, agora, uma série de protótipos com base no feedback dos clientes com a finalidade de concretizar o negócio ideal.
A origem do termo Lean Startup se deu através de Eric Ries, um engenheiro que desenvolvia softwares e os usava em suas startups com o objetivo de eliminar os desperdícios e otimizar os processos, tornando-os mais enxutos. Com isso surgiu a ideia de manufatura, que significa qualquer gasto com recursos sem o objetivo de gerar valor para o cliente final, sendo portanto, considerado como um desperdício.
O processo de negócios enxutos funciona através de três pilares básicos: desenvolvimento de software, desenvolvimento de clientela e plataformas existentes de software. A Lean Startup estimula um contato frequente com os clientes com o objetivo de eliminar processos não necessários. A partir disso é possível reduzir o trabalho, o gasto com recursos e ir direto ao ponto que interessa ao cliente final.
O “pensamento enxuto”, como é citado o Lean Startup, é usado por várias empresas no mundo todo como um modelo de negócios. Principalmente em tempos de crise é necessário usar esse sistema para que, cada vez mais, seja possível reduzir gastos desnecessários.
Como forma de aplicação, as Lean Startups utilizam o Teste A/B, ou seja, comparam dois processos para descobrir qual deles é mais eficiente (maior resultado com o menor gasto de recursos).
Dessa forma, uma Lean Startup está em desenvolvimento contínuo, ou seja, se apoia na ideia de que qualquer produto pode ser melhorado em uma espécie de circuito constante para construir um produto, medir os gastos e resultados que ele deu à empresa e avaliar se vale a pena seguir com ele no plano de negócios da empresa. Que muitas das vezes é o próprio negócio.
Para os defensores desse conceito, as vantagens de uma Lean Startup são: redução de custos e de carga horária de trabalho, diminuição de processos, economia do tempo e melhor visão das necessidades do mercado. Resumindo, o caminho mais rápido para traçar o destino do projeto. No entanto, é importante salientar que não se trata de uma poção mágica, pois não se adapta a todos os modelos de negócios.
Já aqueles que preferem outros conceitos, acreditam que as Lean Startups levantam muitos conflitos e divergência de opiniões entre empresas e clientes, principalmente pelo excesso de testes exigido. Além disso, demandam altos investimentos em tecnologia de software. There is no free lunch.
Em todo caso, a Lean Startup surge para adaptar a criação de novos negócios à exigênciade sua época, ou seja, buscar novas formas de surpreender o mercado e a concorrência. Por mais que tenham falhas e sejam trabalhosos, muitos negócios de sucesso surgiram desse conceito, como é o caso do Facebook, da Zappos e da Amazon.
Afinal, em tempos de crise é que os inovadores surpreendem e vencem. A escolha é prerrogativa de cada um.
Quem se interessar em conhecer um pouco mais deste trepidante assunto pode fazer o free download do The Lean Start-up by Eric Ries no kiebookpdf.blogspot.com.
Bom proveito!!!
